Você é aquele estudante que acha que não consegue aprender? Entender como o cérebro aprende informações é importantíssimo para evitar erros que tornam o aprendizado mais difícil. Além disso, não variar atividades é uma falta comum e que atrapalha muito o processo de aprendizagem. Por isso, a melhor maneira de aproveitar a nossa capacidade mental de forma mais completa é combinando metodologias passivas e ativas, ou seja, lendo e praticando!
O cérebro aprende a partir da combinação de estímulos
Se você sente que não consegue aprender, talvez esteja precisando variar as suas metodologias de aprendizado. Afinal, o cérebro aprende a partir da combinação de diversos estímulos. O lado esquerdo é responsável pelo perfil acadêmico: do raciocínio lógico, fala, matemática. É o lado responsável por ler, ouvir, falar, observar. Assim, quando você absorve conteúdo sozinho, você está utilizando esta parte do cérebro.
Já o direito, é o lado da criatividade: arte, dança, da coletividade. Quando você debate temas, ensina a alguém ou pratica, você aprende mais, porque o cérebro se esforça para estruturar a sua resposta por meio da interpretação dos dados absorvidos criando um raciocínio coerente.
Desse modo, quando você combina diversos estímulos, o cérebro aprende, já que quando ambos os hemisférios (direito e esquerdo) estão em sintonia, o raciocínio e a memorização são favorecidos, fechando o ciclo do aprendizado.
O cérebro e a memorização
O cérebro tem algumas funções:
- Recepção
- Armazenamento
- Análise
- Saída
Primeiramente, o cérebro recebe informações através dos sentidos (recepção). Em seguida, ele guarda as informações para acessá-las no futuro (armazenamento). Logo depois, o cérebro separa e categoriza essas informações para que elas tenham sentido (análise). E, por fim, ele revela esse conteúdo de algum modo: pela fala, escrita ou outra forma de expressão (saída).
Ok, vamos tentar colocar essa explicação de uma forma mais prática. Nesse sentido, quando adquirimos informações novas, elas vão para a nossa memória de trabalho e ficam lá por um curto tempo. Assim, dependendo de como você trabalha essas informações, elas podem ser guardadas por mais tempo ou serem totalmente esquecidas.
Então, realizando exercícios de memorização ou revisões, o conteúdo novo que você adquiriu vai para a memória de curto prazo. O passo seguinte seria tentar levá-las para a memória de longo prazo, mas como fazer isso? Utilizando estratégias como debater o assunto com outras pessoas, ensinar alguém ou mesmo praticando por meio de exercícios. Então, não é que você não consegue aprender, mas talvez você não esteja revisando o suficiente.
Pirâmide de aprendizagem
A teoria da pirâmide de aprendizagem, atribuída a William Glasser nos explica de uma maneira bastante didática como o nosso cérebro apreende informações. Para ele, metodologias passivas (como ler e escutar) trazem menos resultado do que as metodologias ativas e interativas (como discutir e ensinar a alguém).
De acordo com Glasser, a porcentagem de assimilação de informação é maior quando você interage de algum modo com o conteúdo. Desse modo, a porcentagem de retenção equivaleria a:
- Ler – 10%
- Ouvir – 20%
- Observar – 30%
- Ver e ouvir – 50%
- Debatendo com os outros 70%
- Fazer – 80%
- Ensinar aos outros – 95%
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O cérebro e a neuroplasticidade
Outro fator fundamental nesse processo é a neuroplasticidade, isto é, a capacidade do cérebro de se readaptar e fazer mudanças em sua própria estrutura. Algo muito comum que acontece quando, por exemplo, pessoas que não conseguem ver ou ouvir são capazes de desenvolver outros sentidos para buscar uma readaptação, a chamada neuroplasticidade funcional. É o cérebro que reorganiza essas funções e, do mesmo modo, ele age quando se trata da aprendizagem.
Assim, o cérebro altera sua estrutura física (neuroplasticidade estrutural), pois o treino e a memorização fortalecem as sinapses (as responsáveis pela comunicação entre os neurônios) que nos permitem ser mais ágeis e rápidos naquilo que praticamos constantemente. Por outro lado, se não exercitamos o assunto novo que aprendemos, acabamos por enfraquecer as sinapses relacionadas a esse aprendizado que podem, inclusive, deixar de existir.
Socorro! O meu cérebro precisa de um resumo
Em resumo, quando nós aprendemos algo novo, nós estamos tendo um primeiro contanto com aquela informação e, para que ela seja guardada na nossa memória por mais tempo, é preciso combinar diferentes estímulos para que o nosso cérebro possa tanto sintonizar os dois hemisférios quanto fortalecer as suas sinapses.
Desse modo, mais do que ler, é necessário escrever, desenhar (construir mapas mentais), ensinar a outras pessoas, debater os assuntos estudados, praticar resolvendo muitas questões e fazer revisões constantemente para que o cérebro consiga consolidar todo o novo aprendizado que você está dando a ele.
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Viu só como é importante entender como o nosso cérebro funciona? Variar as metodologias é importante não só para o ajudar o seu cérebro a absorver informações, mas também para tornar o estudo mais legal, você não acha? Mas e então? Como você tem estimulado seu cérebro a aprender?